Aumento de alíquota sem reposição salarial gera críticas de servidores

    1480
    sem reajuste e com aumento de contribuição, servidor critica governo
    Contribuição ao Iprem-GV está mais cara a partir de agora: de 11% para 14%. Foto: Divulgação

    Nas redes sociais e grupos de WhatsApp, servidores municipais de Governador Valadares  estão manifestando descontentamento com o aumento dos descontos em seus contracheques.

    É que a nova alíquota de contribuição do Iprem-GV (Instituto de Previdência Municipal), que passou de 11% para 14%, começou a ser descontada na folha de junho – que foi paga nesta segunda-feira (5).

    A reclamação é em dose dupla, já que os servidores também têm criticado o atual governo por não tomar providências para conceder a revisão geral anual de seus vencimentos, conforme determina a Constituição Federal.

    Uma das queixas é que o aumento do desconto da previdência (Iprem) e a não revisão salarial diminuíram o rendimento mensal da categoria, podendo prejudicar as contas pessoais dos funcionários públicos.

    A revisão inflacionária da remuneração do servidor tem a finalidade de evitar a perda do poder aquisitivo da moeda, e deveria ter sido feita em janeiro, data-base da categoria.

    O índice de reposição dos salários tem que estar previsto em lei municipal aprovada pelo Legislativo. Porém, passados seis meses da data-base, o Executivo ainda não encaminhou o projeto de lei para votação na Câmara de Vereadores.

    Justiça

    Ontem (5), após vários questionamentos em um dos grupos de servidores do Sinsem-GV, no WhatsApp, o sindicato divulgou um comunicado esclarecendo que o assunto vem sendo discutido com o governo desde fevereiro.

    “Tratamos da correção inflacionária da remuneração do servidor em reunião com o prefeito, em fevereiro, quando ele disse que faria uma avaliação do impacto na folha de pagamento. Depois disso, não houve mais nenhuma resposta; encaminhamos ofícios solicitando nova reunião, mas não fomos atendidos”, explica a presidente do sindicato, Sandra Perpétuo.

    Ela disse também que para garantir a revisão dos salários do funcionalismo municipal, o sindicato impetrou um mandado de injunção coletiva. “Tivemos que recorrer ao Poder Judiciário para que o prefeito cumpra uma obrigação constitucional com os servidores do município”, enfatiza.

    Progressões

    Quanto ao pagamento das progressões em atraso, outra reclamação dos servidores,  Sandra Perpétuo esclarece que o jurídico do sindicato está estudando as alternativas para assegurar, por meio de ação judicial, que o benefício seja pago.

    A sindicalista informa ainda que todo servidor que tem progressões em atraso deve procurar o sindicato para entrar com ação individual. “Não é possível fazer ação coletiva para essas cobranças, pois cada caso tem suas especificidades”, conclui.

    Gostou, Compartilhe!

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    20 − 14 =