CÂMARA DE VEREADORES RETOMA OS TRABALHOS COM FOCO NA CPI DA VALADARENSE

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    Primeira reunião ordinária CM março
    Vereadores participaram na noite desta segunda da primeira reunião da Câmara de março. Foto: Divulgação/CMGV

    Após o recesso ‘esticado’ do carnaval, a Câmara de Vereadores de Governador Valadares iniciou, na noite desta segunda-feira (12), o período de reuniões ordinárias do mês de março.

    A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), formada para apurar supostas irregularidades no contrato entre o município e a Empresa Valadarense de Transporte Coletivo, atual Mobi Transporte Urbano, foi tema de discurso dos vereadores.

    Mesmo com a preocupação de boa parte dos parlamentares, a CPI sugerida pela vereadora Rosemary Mafra (PCdoB) e criada no dia 11 de fevereiro, está estagnada. Até agora, passados quase 30 dias, apenas foram indicados os cinco componentes da comissão.

    A escolha do presidente, relator e secretário, que poderia ter sido feita já no último dia 27, continua à espera da boa vontade do vereador Marcílio Alves (MDB). Por ser o participante mais velho da CPI, com 75 anos, cabe a ele convocar a reunião para definir os ocupantes dos cargos e, por fim, a comissão iniciar os trabalhos.

    A expectativa era que o anúncio fosse feito na noite desta segunda. Alves, no entanto, deixou a reunião logo no início, justificando que tinha uma outra agenda para cumprir.

    Um documento lido em plenário convocou os membros da CPI para uma reunião nesta terça-feira (12), às 16 horas, com a finalidade de indicar nomes para presidente, relator, secretário e vogais.

    O presidente da Câmara, Júlio Tebas Avelar (PV), pediu mais agilidade aos vereadores. Ele argumentou que a população de Valadares cobra essa CPI e que a demora “causa desgaste e dá a impressão que estamos evitando que ela aconteça”.

    Prisão

    O vereador Paulinho Costa (PDT) ressaltou que “a Casa não pode recuar”, referindo-se à CPI. “Vou acompanhar os trabalhos e posso até apresentar um relatório em separado, mas temos que mostrar para a população com clareza o que é certo e errado, temos que apurar”.

    Essa Casa, lembrou ele, “há bem pouco tempo, teve prisão de vereadores aqui por causa da Valadarense. Quem tá na CPI tem que trabalhar sério para apurar e não só para ocupar o cargo”, alfinetou.

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    “Queridinho do prefeito”

    O vereador de primeiro mandato, Alessandro Ferraz (PHS), ou Alê, usou a tribuna da Câmara para se queixar de uma entrevista da vereadora Rosemary Mafra, onde ela chamou o parlamentar de “queridinho do prefeito”.  Alê não gostou da alusão feita a ele.

    “O que me preocupa é a fala da vereadora, pra dizer que sou comprometido com a Valadarense e sou queridinho do prefeito e contra a CPI da Valadarense”, reclamou.

    “Fico feliz de ter sido indicado como membro da CPI, até porque, em 2012, eu fui pra rua contra o aumento da passaginha, acompanhamos o mar de lama e os inquéritos envolvendo a Valadarense. O povo, e inclusive eu, já condenamos a Valadarense”, arrematou.

    E deixou um recado para a população: “pode ter certeza, população, que estarei aqui para investigar. É muito fácil explorar a falta de conhecimento da população. A CPI vai fazer levantamento de indícios de corrupção para ser apresentada ao MP (Ministério Público), que já investiga a Valadarense”.

    Ficou de fora

    Outro que falou sobre a CPI da Valadarense foi o vereador Geremias Brito (PSL). “A Valadarense precisa ser duramente investigada, pois ela faz mal para a cidade”.

    Brito ainda criticou o líder da bancada governista, Regino Cruz (PTB), por não ter sido indicado para a comissão, já que foi um dos poucos governistas a assinar o documento que instituiu a CPI.

    Ele lembrou que tem defendido, nos últimos meses, a realização de uma auditoria no sistema de transporte público operado pela Mobi/Valadarense e também afirmou que pretende apresentar um relatório em separado sobre as investigações.

    Cargos

    Está marcada para às 16 horas desta terça-feira (12), na Câmara Municipal, a primeira reunião da CPI da Valadarense. Os componentes vão escolher os dois membros mais importantes: o presidente e o relator. Também será escolhido o secretário da comissão. Os outros dois vereadores ficam como vogais ou suplentes.

    A CPI da Valadarense foi criada no dia 11 de fevereiro com a assinatura de oito vereadores. Ela é formada por cinco vereadores e destes apenas dois assinaram o documento que solicitava sua criação: Coronel Wagner Fabiano (PMN) e Rosemary Mafra.

    Os outros três indicados, Marcílio Alves, Alessandro Ferraz e Betinho Detetive (PDT) são da bancada de apoio ao prefeito na Câmara.

    A comissão terá 90 dias para apresentar um relatório sobre o caso. Este prazo pode ser prorrogado por mais 90 dias.

     

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